É só quando já estou no carro a caminho do trabalho que me apercebo que me esqueci de pôr desodorizante. Não sei o que é mais fora do comum: ter-me esquecido de um gesto automático do dia-a-dia se o facto de, vindo de nada enquanto conduzo e acompanho desafinadamente a música, me ocorrer que saltei esse gesto automático.
Já me aconteceu esquecer-me de fazer a barba. Mas a percepção dessa falha surgiu a partir de um acontecimento revelador. Passei a mão pela cara e senti o arranhar característico. Curiosamente também estava a conduzir na altura; passo demasiado tempo dentro do carro. Agora, no caso do desodorizante, não senti rigorosamente nada. De repente, ocorreu-me o esquecimento.
Passei o dia incomodado, sem conseguir deixar de pensar no assunto. Será que cheiro mal? Evitei qualquer movimento que envolvesse levantar os braços. Qualquer esforço que pudesse fazer a minha temperatura corporal aumentar. É incrível o quão desconfortável me pode deixar uma coisa tão simples.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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