Assumi que não chegaria a ver. Enganei-me. Num processo de zapping catatónico, o pequeno ícone apareceu-me à frente e resolvi espreitar. O menor número de episódios desta última temporada também fez o seu papel: afinal, o investimento seria menor. Convicto da pouca convicção, carreguei no play.
A minha conjectura era que a ausência de Kevin Spacey, por força pelas razões conhecidas, tiraria muita da força de House of Cards. Não me enganei. O vácuo criado pelo desaparecimento do casal presidencial não chega nunca a ser preenchido, pese embora a tentativa de introduzir conflitos e intrigas palacianas com outras personagens, assim como, e sobretudo, pela dupla de irmãos protagonizada por Diane Lane e Greg Kinnear. O resultado é uma amálgama, uma tentativa falhada de terminar uma história, de lhe dar um final sem, no entanto, ter todos os recursos e instrumentos à disposição.
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