«A ciência passa por três fases, às quais podemos chamar as fases Brahe, Kepler e Newton. Na fase Brahe, recolhemos muitos dados, como Tycho Brahe ao registar pacientemente as posições dos planetas noite após noite, ano após ano. Na fase Kepler, aplicamos leis empíricas aos dados, como Kepler fez com os movimentos planetários. Na fase Newton, descobrimos as verdades profundas. A maior parte da ciência é constituída por trabalho das fases Brahe e Kepler: os momentos Newton são raros. Atualmente, os megadados fazem o trabalho de milhares de milhões de Brahes, e a aprendizagem automática faz o trabalho de milhões de Keplers. Se - esperemos que sim - ainda estiverem para vir mais momentos Newton, será mais provável que nos cheguem dos algoritmos de aprendizagem de amanhã e não dos cientistas ainda mais sobrecarregados de amanhã, ou pelo menos de uma combinação dos dois.»
A revolução do algoritmo mestre, Pedro Domingos
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
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