Quer dizer, consigo e olho, às vezes até sem pensar, só pela força do hábito. E, quando reparo, percebo
nem é bem perceber, é mais sentir
que não consigo olhar para aquele sítio. Ainda. Sem ter aquela sensação de que já não o vejo como o via, sempre que olho está vazio de uma forma que não estava dantes, nunca antes me pareceu vazio embora, em boa verdade, estivesse sempre. Mas agora percebo
não percebo, sinto
que está vazio como nunca antes este esteve. Um vazio que entra pelos olhos adentro. Talvez daqui a uns tempos deixe de sentir
isso, sentir
que não está vazio, que está exactamente como devia estar, como sempre esteve, como sempre foi até agora. Ainda não consigo. Ainda. Mas hei-de conseguir voltar a olhar.
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