Narcisista, seria preciso muito para dar a mão à palmatória: o tipo de pessoa que acha que está sempre certo, que arranja sempre justificações externas para erros que são manifestamente seus. Embora tenha tentado, não conseguiu naquele caso: um erro tão gritante que não teve outra hipótese senão fazer um pedido de desculpas. Arrancado bem lá do fundo, a muito custo, como se tivesse uma arma apontada à cabeça, como se as palavras lhe queimassem a boca, a língua. Curiosamente, tudo isto – que deveria ter tornado todo o processo mais forte – acabou por enfraquece-lo. Não era suficiente. E então
Desculpe-me mas o posso desculpar.
Saiu da sala deixando para trás a cara crispada e silêncio forçado.
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