sexta-feira, 31 de maio de 2013

PDI

A única vez que fui ao Sudoeste foi à edição de há dez anos atrás e conhecia praticamente todas as bandas do cartaz. Hoje vi o cartaz do Sudoeste deste ano num outdoor duma paragem de autocarro e não reconheci nenhum dos nomes.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Transcend

Peguei no telefone, marquei o número e comecei a andar em direcção à cozinha: lembrei-me que tinha deixado a máquina de lavar roupa a trabalhar e que ainda não tinha tirado a roupa e posto a estender. A luz azul no botão que de imediato giro para que se apague e abro o tambor. À minha frente está a roupa e, sobre o plástico cinzento da abertura da máquina, uma coisa preta. Estico de imediato a mão em direcção ao objecto molhado e, no preciso momento em que o reconheço, atendem-me do outro lado da linha. O primeiro som que sai da minha boca é um “eeeehhh” profundo e longo e é assim que começo a conversa telefónica.

Esqueci-me de tirar a flash disk do bolso das calças e enfiei-as na máquina. Está aqui na minha mão, encharcado.
Caminho – sempre de telefone na mão – passo uma toalha sobre o pequeno disco. Penso em secar um pouco com o secador de cabelo. Desisto da ideia e vou directo à prova dos nove, a entrada USB do meu computador. Uma curta longa espera, o computador na está a reconhecer o objecto ligado à porta USB. Fecho o explorer, volto a abrir e desta vez surge qualquer coisa na drive G. Porém, a designação que costumava aparecer – “transcend”, vá-se lá saber porquê – não surge desta vez. Clico no icon da drive, não surge nada. Mas a barra azul em cima está avançar, alguma coisa está a acontecer e, uns momentos depois, o conteúdo da drive está à minha frente. Como seria de esperar – embora nunca o esperamos quando pensamos que tudo está perdido – não estava ali nada cuja perda fosse irrecuperável. Copio tudo para o disco do computador por descargo de consciência. E deito-me.

Hoje ligo a drive noutro computador. O Windows avisa que houve um problema com a drive e pergunta-me se quer que ele repare, o processo que recomenda. E eu, feito parvo, digo que sim. Passados uns minutos avisa-me que o processo de recuperação está feito e, quando o explorer abre, não há rigorosamente nada na memória. A pen está totalmente vazia. Mais, não consigo gravar nada nela.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Liebe meines Lebens

Quando pensamos em línguas românticas, o alemão não é de todo a primeira opção que nos vem à cabeça. No entanto, ocorreu-me no outro dia que “leben” (“viver” ou “vida” com maiúscula) e “lieben” (“amar”) são tão parecidos. Quase como se não houvesse uma distinção, como se fossem a mesma coisa.

domingo, 26 de maio de 2013

C'est parti!

O Chatrier este ano está um bocado diferente. O verde dos placards de publicidade é diferente, mais escuro. Este ano começaram a jogar ao domingo. Pese embora estas diferenças, honestamente não espero um fecho que não aquele a que nos habituámos nos últimos tempos. A única questão que se poderá colocar aqui é se, na hipotética meia-final que poderá ter lugar entre o Djokovic e o Nadal, o sérvio pode fazer uma surpresa. Mas lá está, será uma surpresa porque o resultado expectável é que não o faça. Não consigo evitar uma certa tristeza quando associo previsibilidade ao Roland Garros: se havia Grand Slam onde há 10, 15 anos tudo poderia acontecer era este. Mas aceito, enquanto me sento mais um ano em frente ao televisor a torcer pelos underdogs.

"I like a woman built for confort, not for speed"

Num filme qualquer - daqueles que se vão vendo enquanto se faz outra coisa qualquer - com o Richard Gere, a J Lo e a Susan Sarandon.

sábado, 25 de maio de 2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O dicionário do word do meu computador foi actualizado para a nova ortografia.

Dou por mim a escrever e a ver uma série de linhas onduladas vermelhas por debaixo das palavras. O word a dizer-me que não sei escrever irrita-me um bocadito. Eu sei que ele está só a fazer o papel dele, mas é ridículo que me diga que o “actualizado” que escrevi lá em cima não está correcto. Assim como este “correcto”, aparentemente, também está errado.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Cartão Continente

Apercebi-me que tenho duas reacções ao uso de descontos do meu cartão do Continente que não fazem muito sentido. Uma é sentir que não vale a pena descontar o dinheiro do cartão quando não tenho muito acumulado; qual é a diferença entre esta estratégia ou descontar menos vezes mas um valor mais elevado? A outra é quando faço uma compra pequena: também me dá para achar que não vale a pena descontar nada porque não vou pagar muito de qualquer das formas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tac

Lembro-me de ter lido uma entrevista feita pelo MEC já há uns quantos anos atrás. Ao Ricardo Araújo Pereira se não me falha a memória. A certa altura, a pergunta do MEC foi “já percebeste que não vais ter tempo para fazer tudo?”. Bateu-me forte, talvez ainda não tivesse percebido isso.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Ir pro maneta

«President Truman famously asked for a “one-armed economist” who would take a clear stand; he was sick and tired of economists who kept saying “on the other hand…”»

Thinking fast and slow, Daniel Kahneman

domingo, 19 de maio de 2013

Com "p"

«Optimism is normal, but some fortunate people are more optimistic than the rest of us. If you are genetically endowed with an optimistic bias, you hardly need to be told that you are a lucky person – you already feel fortunate. An optimistic attitude is largely inherited, and it is part of a general disposition for well-being, which may also include a preference for seeing the bright side of everything. If you were allowed one wish for your child, seriously consider wishing him or her optimism. Optimists are normally cheerful and happy, and therefore popular; they are resilient in adapting to failures and hardships, their chances of clinical depression are reduced, their immune system is stronger, they take better care of their health, they feel healthier than others and are in fact likely to live longer.»

Thinking fast and slow, Daniel Kahneman

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Eleven

Não é um tic tac
É mais tac
Apenas tac tac
Os ponteiros de plástico do relógio preto.
Tac tac
A noite toda a passar-me em frente aos olhos, o som metronómico dos ponteiros de plástico não me deixa dormir, não me sai da cabeça dos ouvidos. Não é uma questão de volume – sou capaz de dormir com ruídos mais elevados. É a cadência, o facto de ser um som tão disciplinado, tão arrumado
Tac tac
Sem parar, sem atrasar, sem perder a cadência. Um avanço inexorável que torna o retrocesso impossível. Um avanço inquebrável, totalmente fora do controlo.
Curiosamente, o relógio digital não me incomoda. Não tem barulho, é certo, mas projecta as horas no tecto branco do quarto. Ou seja, a mesma marcha obcecada a passar em frente aos meus olhos. Mas sem me tirar o sono.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Gelatina

Os alemães usam o trema, um acento que nós já deixámos cair há muito tempo. Mas, muitas vezes, para facilitar – e como o trema prolonga a vogal que acentua – escrevem à frente um “e”. Por exemplo, o nome “Jörg” surge muitas vezes na forma simplificada “Joerg”. Agora o que não faz sentido é aquilo que vi num rodapé da SIC há dias: “Jöerg Asmussen”.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Beacon of light

O Presidente da República partilhou partilhou hoje a solução para crise proposta pela sua esposa: uma intervenção da Nossa Senhora de Fátima. Divina, claro.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Look back

Deste-me as costas. Não te apercebeste mas deste-me as costas. E eu queria voltar a pôr-nos naquela lugar, naquela situação, naquele momento e explicar-te. Mostrar-te. Não te apercebeste. Mas não posso. Não posso voltar atrás e mostrar-te onde, quando, como o fizeste.

Estaria a dar-te as costas.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

My first

Pela primeira vez na minha vida deixei meia dúzia de cervejas passarem o respectivo prazo de validade.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mayday

Era piloto. Sentava-se atrás dos comandos de um Airbus e sentia-se confortável. Nascera para aquilo. Nada o intimidava no meio daqueles botões e indicadores. Tudo nos aviões o fascinava. Mas depois, nas folgas, era incapaz de conduzir um carro.

terça-feira, 7 de maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Carapauzinhos com açorda

Um pedaço de terra a meio da rua da Estefânia. Umas plantas, umas coisas a fingir de jardim. Bancos, caminhos. E muitos tubos de rega, toda uma rede de tubagem castanho escura. Mais tubagem castanho escura que vegetação verde. Não há um metro quadrado daquele terreno que não esteja cortado pelos canos. Jardim é que nem vê-lo.

domingo, 5 de maio de 2013

"Pode-se dizer que o Governo está com problemas de balneário?"

Perguntou Carlos Vaz Marques ao João Miguel Tavares no Governo Sombra. Já agora, a resposta foi afirmativa.

sábado, 4 de maio de 2013

(Cúmulo da) senilidade

Ver um CD clássico à venda a um preço promocional. Comprar de imediato. Chegar a casa, abrir o armário para guardar. Constatar que já existia um igual na prateleira.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Erfrischend

Ronnie O'Sullivan admite que o regresso à competição foi motivado pela carteira. Precisava de dinheiro. Uma excelente causa, ainda assim, devo dizer: pagar as propinas dos filhos. Aqui.

quarta-feira, 1 de maio de 2013