quinta-feira, 30 de junho de 2011
Back in black
Mas só de raspão, a sério mesmo a sério, só no início da semana que vem. Prometidos ficam posts sobre dez dias em viagem e seiscentas e tal fotos. Esperemos que uns dias mais relaxados passem tudo à escrita. Até lá.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Saturday night lecture on the Universe (reprise)
Uranus was discovered with a telescope in 1780s. Before that, people were unaware of the existence of Uranus. NASA sent a probe to Uranus. They found that Uranus is made of gases. There is no life on Uranus. They are training “asstronauts” to go to Uranus.
sábado, 18 de junho de 2011
Follow up
O presidente português está para o primeiro-ministro francês como o presidente francês está para o primeiro-ministro português.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Auschwitz/Birkenau II
Só quando entrámos na sala onde uma montra enorme expõe os montes de cabelos humanos – usados para fazer roupa – é que comecei a sentir a angústia. Um nó na garganta, uma dor. Que não tinha sentido ao olhar para as montanhas de óculos e de outros utensílios pessoais, como escovas e pentes. Depois disso, a parte pior: uma sala com roupas de criança, sapatos de criança. Aí senti a necessidade de afastar a cara daquele inofensivo vidro que guarda o maior dos horrores. Fui surpreendido com a forma como tudo aquilo me atingiu. Afinal, sabia ao que ia e sabia perfeitamente o que ia encontrar. Já tinha visto na televisão, já me tinham explicado, já tinha ido a outro campo de concentração. Mas há coisas para as quais simplesmente não nos podemos preparar de antemão, como a morte de alguém próximo.
É uma visita guiada de três horas, a maior parte das quais passada em Auschwitz propriamente dito – o campo original – e cerca de uma hora em Birkenau – o segundo campo construído para expandir o primeiro e albergar o extermínio. A guia tem um microfone na lapela e nós ouvimo-la através de uns auscultadores ligados a um pequeno receptor que se pendura ao pescoço, para ser mais fácil de seguir a explicação no meio da confusão. Tem uma voz doce e suave que, de vez em quando, treme nos momentos mais difíceis. É, a guia sofre connosco. Sofre enquanto nos desbobina a mesma lengalenga que já desbobinou a inúmeras outros turistas. O que é curioso: seria de esperar que já estivesse relativamente imune como um médico que já viu demasiadas doenças e mortes.
A questão dos campos de concentração é a incompreensão. E é a interrogação. Perceber como é que pessoas podem fazer aquilo umas às outras. Não se esqueçam – diz-nos a guia – que foram pessoas como eu e vocês que fizeram isto. E isso acarreta ainda mais interrogações, ainda mais duras e que são a verdadeira provocação. Será cada um de nós capaz de fazer algo de semelhante se estivesse inserido no mesmo contexto que estes alemães? Capaz de tamanho ódio e desprezo se for ensinado a cultivá-lo? A psicologia das multidões funciona contra a nossa resposta preferida mas eu não a consigo aceitar.
É uma visita guiada de três horas, a maior parte das quais passada em Auschwitz propriamente dito – o campo original – e cerca de uma hora em Birkenau – o segundo campo construído para expandir o primeiro e albergar o extermínio. A guia tem um microfone na lapela e nós ouvimo-la através de uns auscultadores ligados a um pequeno receptor que se pendura ao pescoço, para ser mais fácil de seguir a explicação no meio da confusão. Tem uma voz doce e suave que, de vez em quando, treme nos momentos mais difíceis. É, a guia sofre connosco. Sofre enquanto nos desbobina a mesma lengalenga que já desbobinou a inúmeras outros turistas. O que é curioso: seria de esperar que já estivesse relativamente imune como um médico que já viu demasiadas doenças e mortes.
A questão dos campos de concentração é a incompreensão. E é a interrogação. Perceber como é que pessoas podem fazer aquilo umas às outras. Não se esqueçam – diz-nos a guia – que foram pessoas como eu e vocês que fizeram isto. E isso acarreta ainda mais interrogações, ainda mais duras e que são a verdadeira provocação. Será cada um de nós capaz de fazer algo de semelhante se estivesse inserido no mesmo contexto que estes alemães? Capaz de tamanho ódio e desprezo se for ensinado a cultivá-lo? A psicologia das multidões funciona contra a nossa resposta preferida mas eu não a consigo aceitar.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
Krakow II
As centenas de quilómetros depois da fronteira alemã fazem-se sem grande problema, por entre auto-estradas largas que rasgam campos de cereais enormes, a perder de vista. Nas estações de serviço, camionistas e uma fauna duvidosa. O inglês deve ser falado com pouca frequência, o sotaque e as dificuldades levam a crer que não é língua franca. A entrada na cidade cheira a regime, caixotes cinzentos, feios, quadradões, a fazer de blocos de apartamentos. Mas é uma questão de tempo até o charme chegar, lá ao fundo, quando o centro surge, protegido pela muralha.
Uma frota de carrinhos de golfe com tipos chatos a oferecer um serviço de sightseeing a turistas. Rejeito sempre tudo, de mapa na mão. O empedrado das ruas pedonais, a fervilhar de pessoas, cafés, bares, restaurantes. Lojas de todo o tipo. O pitoresco da cidade de Cracóvia vive lado a lado com muita animação. Na praça central, o público senta-se para assistir a um concerto. Nas costas do palco, um bar tem um palco onde tocam jazz. Do outro lado da praça, uma multidão aglomera-se em torno de um grupo de mangas que fazem uma demonstração de break dance enquanto o sol se põe lentamente.
Uma frota de carrinhos de golfe com tipos chatos a oferecer um serviço de sightseeing a turistas. Rejeito sempre tudo, de mapa na mão. O empedrado das ruas pedonais, a fervilhar de pessoas, cafés, bares, restaurantes. Lojas de todo o tipo. O pitoresco da cidade de Cracóvia vive lado a lado com muita animação. Na praça central, o público senta-se para assistir a um concerto. Nas costas do palco, um bar tem um palco onde tocam jazz. Do outro lado da praça, uma multidão aglomera-se em torno de um grupo de mangas que fazem uma demonstração de break dance enquanto o sol se põe lentamente.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Ver comentário ao post de 7 de junho
Estou senil e repito textos. E já não é a primeira vez. Normalmente arrasto os ficheiros com textos já postados para uma pastinha que serve para, vá, guardar os textos já postados. Acontece que – seguramente que é isto que acontece – há dias em que os posto e depois esqueço-me de os arrastar para a tal pastinha que serve para os tais textos já postados. E depois é isto que acontece. Vou ali fustigar-me e já venho. Mas antes disso vou meter este texto na tal pastinha dos tais textos.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Sargento
Ligo o cabo USB do disco externo ao computador e vejo o cursor a mexer, a assumir aquele formato de quem está a pensar. Pouco depois, surge uma janela e uma das opções é “reproduzir automaticamente”. O que quer que seja que isto quer dizer.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Your call
Surges-me do nada. Assim de repente. Uma lufada de ar fresco, entre pessoas chatas e desinteressantes. É um cliché dizer este tipo de merdas mas a chatice dos clichés é que têm sempre um fundo de verdade – e dizer isto é sim mesmo um cliché. Mas donde raio é que tu me saíste? Tento perceber por entre perguntas mascaradas de piadas parvas – as piadas parvas são um instrumento para fazer as perguntas sem que se perceba que estão a ser colocadas. Lá vou conseguindo que respondas por entre mais um whisky e um cigarro – fumas praticamente um maço inteiro à minha frente enquanto o diabo esfrega um olho – e sem perceber que estás a responder. Se calhar percebes que estás a responder e sou eu afinal quem não percebe que tu percebes que eu quero que não percebas. Ofereces-me um cigarro – não fazes ideia se fumo ou não – e eu tenho a coragem de recusar. De vez em quando também percebo os teus pontos de interrogação – que se calhar não queres que eu perceba. Ou então não percebo mesmo porque não são verdadeiramente pontos de interrogação. Pontos finais, outra porcaria qualquer. Ou reticências. Reticências porque deixam sempre tudo no ar. É Como o fumo dos cigarros, um maço inteiro a voar enquanto o diabo esfrega um olho. É preciso é perceber quando são reticências. Não sei se queres que eu perceba se são reticências ou não. Não sei se queres perceber se disseste reticências ou não.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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