A Medicina e a relação médico-doente estão a ser ameaçadas nos seus princípios fundadores. A humanização é a base da nossa profissão e tem sido colocada em causa por formas de gestão e de administração que não têm sabido reconhecer à saúde a sua condição única em termos éticos e deontológicos.
(...)
Tentar dar resposta a 20 ou 30 doentes numa manhã, permitindo que estejam com o seu médico escassos minutos, não é uma forma de garantir ou aumentar o acesso. O aumento do acesso aos serviços de saúde não pode ser medido por folhas de Excel que se limitam a somar números de consultas e não pode ser feito à custa de uma quebra na qualidade que – ironicamente – acaba por atentar contra o próprio sistema, ao propiciar que os doentes não retirem desse momento de contacto todo o potencial.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
Prescrição: Tempo para os nossos doentes
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