É uma forma ignorada de estupidez, costumava dizer, é preciso abstrairmo-nos da insignificância cósmica de todas as nossas acções para podermos ser vaidosos, e isso é uma forma flagrante de estupidez.
Comboio Nocturno para Lisboa, Pascal Mercier
domingo, 31 de janeiro de 2016
sábado, 30 de janeiro de 2016
The truth is in here
Se fosse realizador de filmes porno faria um XXX Files. Sexo alienígena com cenas do além.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
A elegância da simplicidade
À pergunta "haverá alguém beneficiado ou prejudicado com este nível de abstenção?" Vasco Gonçalves responde "depende de quem se absteve".
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Na sede de campanha do PCP canta-se "Abril vencerá".
Irónico, tendo em conta que é o único sítio onde substituem - ou alguma vez existiram - dúvidas em relação ao regime político da Coreia do Norte.
domingo, 24 de janeiro de 2016
Os 30 são os novos 20
Sete dos dezasseis que chegaram aos oitavos-de-final no Aus Open têm mais de trinta anos. E alguns lá perto.
sábado, 23 de janeiro de 2016
Sou uma bola de berlim
É um dos discursos mais conhecidos de Kennedy, juntamente com o também célebre "ask not what your country can do for you, ask what you can do for your country". Em plena Guerra Fria, JFK diz ao lado do Muro de Berlim "ich bin ein Berliner", para gáudio da multidão que o ouvia, uma frase que, nos dias de hoje, certamente seria catalogada de viral.
O que o Presidente americano provavelmente não esperaria, assim como os assessores e tradutores que o ajudaram a preparar-se: a piada em torno da possibilidade de interpretação daquela frase como "eu sou uma bola de Berlim". O alegado teria, inclusivamente, suscitado uma gargalhada por parte da multidão que assistia ao discurso - algo que se pode confirmar no filme infra que não é verdade, o riso vem depois de Kennedy brincar, ao dizer que agradece ao tradutor por lhe traduzir a frase em alemão.
É certo que a palavra "Berliner" pode ser utilizada para designar aquilo que nós designaríamos por "bola de berlim", embora normalmente no caso alemão tenham doce no interior em vez daquele creme amarelo. O termo é utilizado em algumas regiões da Alemanha mas não em Berlim, onde a iguaria é designada por "Pfannkuchen". Mas, para além deste possível segundo sentido da palavra "Berliner", esta acepção culinária da frase teria sido induzida pela utilização do artigo indefinido "ein".
Segundo os entendidos, a polémica é infundada, e a frase do ex-Presidente americano está totalmente correcta. Enquanto um berlinense diria "ich bin Berliner", i.e., sem a utilização do artigo indefinido "ein", esta mesma frase não deveria ser usada por Kennedy, uma vez que ele não era, de facto, Berlinense. Seria o equivalente da frase "eu sou lisboeta" dito por um pouco convincente natural da Baviera. Ao invés, a utilização do pronome "ein" abre portas a uma interpretação da frase menos literal, mais próxima de "sinto-me como um berlinense" ou "sinto-me como um de vós", que era de facto o que queria veicular naquele discurso e aquilo que também poderíamos depreender da frase "eu sou um lisboeta" - embora o português me pareça menos preciso que o alemão neste exemplo.
O que o Presidente americano provavelmente não esperaria, assim como os assessores e tradutores que o ajudaram a preparar-se: a piada em torno da possibilidade de interpretação daquela frase como "eu sou uma bola de Berlim". O alegado teria, inclusivamente, suscitado uma gargalhada por parte da multidão que assistia ao discurso - algo que se pode confirmar no filme infra que não é verdade, o riso vem depois de Kennedy brincar, ao dizer que agradece ao tradutor por lhe traduzir a frase em alemão.
É certo que a palavra "Berliner" pode ser utilizada para designar aquilo que nós designaríamos por "bola de berlim", embora normalmente no caso alemão tenham doce no interior em vez daquele creme amarelo. O termo é utilizado em algumas regiões da Alemanha mas não em Berlim, onde a iguaria é designada por "Pfannkuchen". Mas, para além deste possível segundo sentido da palavra "Berliner", esta acepção culinária da frase teria sido induzida pela utilização do artigo indefinido "ein".
Segundo os entendidos, a polémica é infundada, e a frase do ex-Presidente americano está totalmente correcta. Enquanto um berlinense diria "ich bin Berliner", i.e., sem a utilização do artigo indefinido "ein", esta mesma frase não deveria ser usada por Kennedy, uma vez que ele não era, de facto, Berlinense. Seria o equivalente da frase "eu sou lisboeta" dito por um pouco convincente natural da Baviera. Ao invés, a utilização do pronome "ein" abre portas a uma interpretação da frase menos literal, mais próxima de "sinto-me como um berlinense" ou "sinto-me como um de vós", que era de facto o que queria veicular naquele discurso e aquilo que também poderíamos depreender da frase "eu sou um lisboeta" - embora o português me pareça menos preciso que o alemão neste exemplo.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Gato escondido com o rabo de fora
Nas séries de TV e nos filmes, as maçãs dos Macs surgem muitas vezes cobertos para evitar o product placement. Mas um evitar pífio, a identificação continua a ser fácil. E mostra a importância da forma e do aspecto.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Marketing eleitoral
À pergunta qual foi a última piada que lhe contaram, Marisa Matias respondeu que lhe disseram que o Sporting ia ser campeão. Boa estratégia. Primeiro porque os adeptos do clube de Alvalade são menos do que os dos principais rivais, ou seja, em absoluto, agrada a mais gente do que desagrada. E depois porque os adeptos do Sporting não são o público-alvo da sua campanha, piadas destas não lhe custaram muitos votos junto dos, já de si poucos, sportinguistas.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Entweder oder
Perguntou-lhe se tinha parado para pensar. Ele respondeu-lhe um redondo não. Ou paro ou penso. Sou homem, uma coisa de cada vez.
domingo, 17 de janeiro de 2016
sábado, 16 de janeiro de 2016
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
A maior ovação que Obama arranca da audiência no discurso do estado da União é quando discute as questões de segurança.
Minto: é quando se refere à capacidade militar dos EUA. A nação mais poderosa do mundo. Period. It's not even close (repetido 4, 5 vezes). Resultado de um investimento em defesa que suplanta os orçamentos conjuntos dos oito países imediatamente a seguir no ranking dos que mais destinam dinheiro para as forças armadas. As nossas tropas são a melhor força de combate da história do mundo (a ovação monumental ocorre aqui). Defende (só com palavras) que os problemas de segurança do mundo atual não são devidos a uma superpotência nem a força militar americana diminuída, mas sim a estados falhados. A receita, essa, parece ser a mesma.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
O homem baixinho sai da entrada da loja e dirige-se ao sem-abrigo que dorme na arcada
Deitado encostado à parede lateral, quase à frente da montra da loja. Visivelmente irritado, fala-lhe rispidamente, dobra os joelhos para se baixar, o corpo ligeiramente inclinado para se aproximar ainda mais. Diz-lhe que saia dali que a loja já abriu - é perto das nove horas. O outro roda sobre o corpo e tira a cabeça de dentro do cobertor amarelo seco e cor-de-laranja. Responde-lhe ainda meio estremunhado, solta uns quantos palavrões enquanto contesta a hora a que deveria sair daquele local para não afectar o negócio. O homem baixinho não espera para ouvir até ao fim, vira costas ostensivamente ao sem-abrigo a meio da resposta e volta a entrar na loja.
No dia seguinte, passo novamente no mesmo sítio. Não há um indício de que alguém tenha passado a noite naquela arcada em frente à loja.
No dia seguinte, passo novamente no mesmo sítio. Não há um indício de que alguém tenha passado a noite naquela arcada em frente à loja.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
domingo, 10 de janeiro de 2016
sábado, 9 de janeiro de 2016
Grupos profissionais cujo nível de experiência nem sempre é melhor caracterizado por "muitos anos a virar frangos"
Os alcoólicos viram garrafas.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Ainda sobre os debates presidenciais
Estou sempre à espera de ouvir "a tua mãe é que é!" e o moderador, para o outro candidato, "iiihhh, ficas-te??"
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
É chato quando o Marcelo está frente a frente com outro doutorado.
Inviabiliza a designação "professor".
A equipa de Sampaio da Nóvoa ou é grande ou faz noitadas.
A recolha de todas as afirmações potencialmente utilizáveis como armas de arremesso foi forçosamente trabalhosa, dado o elevado débito oral de Marcelo Rebelo de Sousa. Mas o mais importante é como largar as ogivas, e aqui muitas vezes não o soube fazer: um veloz de florete cai melhor que brandir um martelo. Marcelo também levou uma ou outra carta (a do "tempo novo" e o do "vazio político" ("onde é que esteve?"), por exemplo) e jogou-a de uma forma mais fluida e eficaz.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Reverse
Como um novelo do qual se desprende um fio. Uma brecha por onde começa a escorrer água. Nunca é possível repor, emendar. Nunca se pode voltar atrás. Voltar a pôr as coisas tais como elas eram. O equilíbrio, quando se perde, é para nunca mais se encontrar.
domingo, 3 de janeiro de 2016
sábado, 2 de janeiro de 2016
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Subscrever:
Mensagens (Atom)