«Porém, urge acrescentar que a mulher de Schiller, apesar da sua graciosidade, era extremamente estúpida. No entanto, a estupidez constitui-se num especial atributo nas mulheres atraentes. Pelo menos, tenho conhecido muitos maridos que se regozijam com a estupidez das respectivas mulheres e conseguem ver nisso todos os predicados da inocência pueril. A beleza consegue verdadeiros prodígios. Numa beldade, todas as imperfeições interiores, ao invés de causarem repugnância, tornam-se de algum modo desmesuradamente sedutoras. Numa mulher bela, o próprio vício assume contornos fascinantes, mas se não fosse pela beleza, a mulher teria de ser vinte vezes mais inteligente do que o homem para infundir, se não o amor, pelo menos o respeito. »
Contos de S. Petersburgo, Nikolai Gogol
quarta-feira, 4 de março de 2015
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