Se o toque de solteirona assenta bem com o resto da caracterização – uma certa aura de insegurança e na dedicação ao emprego –, então para gerar uma constante tensão com Jane vem mesmo a calhar, é ouro sobre azul. Uma tensão daquelas que se prologam ad eternum neste tipo de séries e que nos levam a querer que a certa altura aquilo se resolva da melhor forma (o que quer que seja que isso queira dizer).
O que é verdadeiramente interessante é que o fascínio dela por Jane não tem nada a ver com o facto de ele ser um homem fascinante – a irreverência e aquela coisa de ler e manipular pessoas, etc.. Não que essas características lhe sejam indesejáveis – ela gosta mesmo quando é ela própria vítima da manipulação.
Mas nada disso é tão importante como o facto de que um serial killer, que continua à solta (show must go on), arrumou a família toda do mentalista. Compreensivelmente (e, lá está, convenientemente para o guião) Jane vive obcecado com a captura do assassino. Dito de outra forma, Jane é damaged goods e isso assenta lindamente com a comiseração e o instinto (maternal?) da Lisbon.
sábado, 31 de agosto de 2013
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